sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Moto !

Moto !

Moto sempre me remete a movimento, pra mim não importa como, seja à pé, de bicicleta, de carro, de avião, de trem, de navio ou é claro de motocicleta (moto).

Desde minha infância quando eu fabricava carrinhos de rolimã, feitos de rolimãs usados que me davam em oficinas, de tábuas que iam para o lixo(eu já entendia de reciclagem) e parafusos também de sucata, eu já apontava pra um futuro cheio de movimentos, passeios e viagens.

Depois evolui para passeios de bicicleta(do meu pai) que às vezes duravam a metade de um dia, chegando a distâncias de 12 a 15 km. (Itaperuna)

O tempo passou e fui morar em Niterói, 16 anos e cheio de disposição, resolvi aprender a acampar. Comprei uma barraca, mochilão, algumas panelas apropriadas, lanterna, um rádio(Motoradio) com um altofalante à parte pra fazer bastante barulho e um colchonete. Tudo pronto pé na estrada. Saquarema, Araruama, Angra dos Reis, Ibicuí, Ponta Negra e Cabo Frio, entre outros lugares foram os que mais frenquentei.

Mais alguns anos e pude comprar um carro (veio), era um TL da Wolkswagen, carrinnho feio, sem estabilidade, porém não andava mais à pé. Oh glória.

Dois anos depois, já em 1981 entrei no consórcio de uma Yamaha DT 180, enceradeira de asfalto, só fui pegar a moto no 35º sorteio, sortudo eu não ?

Em 3 meses com a moto ela já estava com 12.ooo km rodados, eu havia feito 3 viagens do Rio de Janeiro pra Guarapari, 1 viagem do Rio pra Iacanga SP pra um festival de música numa fazenda,
umas 2 viagens do Rio para Ouro Branco, cidade vizinha de Ouro Preto MG e por aí vai.

Ai troquei a DT por uma Honda XL 250R (japonesa), maquinão, pra quem viajava de DT(2 tempos), viajar de moto 4 tempos foi artigo de luxo. Com esta moto, em 9 meses já havia rodado uns 60.000 km, foi quando resolvi que iria me arriscar numa viagem pro nordeste mais precisamente até Natal RN em 1984. (Foto na Praia do Francês - Alagoas)


Depois troquei a XL 250R por uma novíssima na época XLX 250, com quem fui casado até aos 58.000 km, quando ela enfim morreu, furou o pistão e travou o motor a 60kmh, quase um tombo. (Foto na balsa de São Sebastião para Ilha Bela em SP)

Nesse tempo(muito difícil) fui obrigado a vender até o carro, mas quem me salvou foi uma Yamaha RX 180 que custou (R$ 800,00), outra enceradeira, mas à pé never, com esta moto(todo troncha), viajei algumas vezes, inclusive do Rio pra Guarapari.

Mas, não houve jeito, em 1992 a coisa apertou e fiquei realmente à pé.

O tempo passou e (ten years after), novamente pude comprar uma moto, ou quase, uma Honda XLX 350R 1989, veinha mas deu no couro, por necessidade durante um ano, viajei com ela 220km a cada 15 dias, nunca me deixou na mão, até que foi doada para a compra de uma área pra uma igreja. Bom fim.

Três meses depois estava eu comprando uma Yamaha Ténéré 1988(1 farol). esta moto além de bonita, me colocou no circuito das grandes viagens novamente. Foram 50.000 km em 2 anos, com uma ótima viagem de Vitória ES até Curitiba PR.

Aí apareceu meu amigão Calimam, do Motoclube XT600 de Vila Velha ES e me indicou uma outra Ténéré(2 faróis), com 66.000 km rodados, mas excelente. Resultado foi que por 15 dias fiquei com 2 Ténéré's na garagem. (Fotos, em casa, a caminho de Cumuruxaiba BA e entre Linhares e Marilândia ES)


Com este trator, já rodei 34.000 km em 1 ano e meio em viagens como Vitória a Cabo Frio, Vitória a Barbacena, Vitória a Porto Seguro e Vitória a Ushuaia(Patagônia argentina) dentre outra muitas. (Fotos nas chegadas a Porto Seguro BA, Montevideo UY, Chile e Argentina na Tierra Del Fuego)


Agora acabei de comprar um Suzuki DR 800 e já fiz uma viagenzinha de apénas 1.000km, porém todas as vezes que penso em viajar fico com uma grande dúvida, viajar com um trator ou com um avião. (Fotos, em casa e em Itapemirim em frente à Pedra do Frade e da Freira)


Concluo deixando pros leitore deste singelo blog, meu lamento por não ter viajado mais nesta minha curta temporada sobre a terra dos viventes e minha satisfação por ter me arriscado tanto para ir a tantos lugares maneiríssimos e inesquesíveis.

Grande abraço cheio de movimento pra todos.

Ary

2 comentários:

Nilson Soares disse...

Ary,

Cara, não havia visto este seu post, muito maneiro mesmo. Só estranhei o tom meio que despedida do final. Ficou muito legal o banco novo que pôs na Tenere. Tu vai ficar com as duas mesmo? Aquela primeira foto você está igualzinho ao Alf... grande abraço, NIlson

Ary Freitas disse...

Valeu brother Nilson, mas a despedida foi do post e não da vida ou de motoviagens.

Grande abraço.