sexta-feira, 19 de março de 2010

Motoviagem Chile 2010 - Vila Velha BR a Chiloé CH

Enfim, chegou o dia da partida para a realização de um sonho, conhecer a Ilha de Chiloé no sul do Chile.

Foram aproximadamente 20 meses de pesquisas de: calculos de distâncias; gastos com gasolina, pneus, óleo, hotéis, refeições e uma outra enorme quantidade de detalhes, que proporcionariam uma viagem tranquila, como foi GRAÇAS A DEUS. Além disto a aquisição de algumas cositas e mapas é claro.

Dia 19 de dezermbro de 2009, estava eu pronto para a partida às 08:00h, na divisa com o Estado do Rio de Janeiro, 2,30h depois e chegando em Penedo RJ no fim do dia. Bem rodados 735 km.


No 2º dia rodei mais 750km e atravessei o Estado de São paulo, dormindo em Curitiba PR , na casa da Prima Nice e da Tia Amália, que sempre me recebem com carinho. Um grande beijo pra vocês.

Na casa do primo Daniel, um ranguinho básico com a família, aproveitando pra uma manutenção na companheira.

Saindo para Santa Catarina, o primeiro temporal e forte.
Chegando e saindo do Estado do Rio Grande do Sul.

Entrei no Uruguay debaixo de um dilúvio inesquecível, por isso sem fotos das paisagens(que são belíssimas), somente da bagagem molhada.
Todo este dinheiro uruguaio, só pagou o hotel e o combustível.
Já dentro da Argentina, chegando à quase alagada Rosario.



De Rosario até este pedágio(motos não pagam), foram 77km de temporal.
Sol enfim.

Este lugar se chama La Esquina, uma topografia de planalto, na borda de um vulcão adormecido(cuidado), onde se sai de uma temperatura de 28ºC para uns 15ºC ou menos, por isso é uma região de muitos tornados com temporais arrasadores, graças a DEUS o tornado deste dia soprou à noite quando eu já estava hospedado em La Toma, ufa, pensei que iria derrubar o hotel.
Ainda bem que este i (posto de informações turísticas) estava fechado e eu segui meu caminho inocentemente sem saber dos tornados.
Este lugar é simplesmente lindo, o que estraga são os tornados.

O hotel de La Toma não caiu. Esta senhora de 70 e uns anos foi quem cuidou de mim, uma pessoa preciosa.
No dia seguinte, sem tornados e a apenas 70km do meu destino, cheguei a El Trapiche na Provincia de San Luis, cidade de exilio profissional da diretoria da ciudad de San Luis(capital).







Restaurante chiquérrimo e bangalo baratíssima.
Lindo passeio nos arredores de El Trapiche e parada no ponto mais alto da cidade.
Justifica o nome.


Rua ou rio ?
Rumo para Mendoza, asfalto de primeira.
Aqui param todos os veículos, é melhor estar documentado.
Primeira visão das Cordilheiras dos Andes(Cordilleras de Los Andes), grande emoção. Não me impressiono com muitas coisas, mas, nascido em Itaperuna RJ, vislumbrando as Cordilheiras, de moto, me emocionei, confesso.
2º dia em Mendoza, um presente, quebrou uma escova do motor de arranque(buro), o pior, dia 30 de dezembro de 2009, às vésperas do ano novo.
Mas, "O MEU DEUS É FIEL", colocou no meu caminho dois homens de bom coração que foram condescendentes com o meu problema, o Carlos(torneiro) da esquerda e o Manolo(eletrecista), que se tornaram meus grandes amigos em Mendoza. Muchas gracias hermanos.

(Buro) no lugar, tudo beleza pra continuar a viagem, uma visitinha numa oficina de informática, meu netbook contraiu um virus, ainda bem que não foi a "gripe suína".
Em coretos como o abaixo, assiste-se derrepente um show inusitado. Já neste canal, o show assusta. É que quando chove na cordilheira, as águas sobem num instante até à borda e por causa da rampa, vira uma verdadeira cachoeira. Medo.
Na saída de Mendoza, encontrei um grupo de brasileiros de Campinas SP(dia 01\01\2010) e é lógico que recebi vários calorosos "feliz 2010". Isso é muito bom pra quem está viajando só.
Subindo As Cordilheiras, pra mim, deslumbrante. Minhas palavras não expressariam como me senti.



Quase no topo, um complexo de inverno(esqui), com tudo que se tem direito.

Neste restaurante comi a mais bem preparada comida na Argentina. Parabéns.
Será que foi o rio que expulsou os Incas daí ?



Outro sonho realizado e outra vez os amigos de Campinas.


Um ingresso é pra ir até ali, o outro é pra ir até lá.
Na saída do Parque Aconcágua, minha bota virou pé de pato, mas uma silver tape resolveu.
Aí o coração dispara e a máquina fotográfica também.
Entrando no território chileno e o tunel que atravessa da Argentina para o Chile.
Primeira bandeira do Chile, "precisando de remendo".
A aduana Argentina\Chile, fica dentro do território chileno. Paso Eva Peron AR e Paso Cristo Redentor CH. Foram 2:30h para transpô-la e me disseram que foi hiper rápido.

Aí começam as cobranças de pedágios. Proximo de R$10,00.

Outro desejo realizado, descer pelos Caracoles.
Daqui até à saída para Santiago, cada curva uma surpresa maravilhosa.



Complexo hoteleiro Portillo(Portijo), no inverno só a diretoria européia e norte americana conseguem pagar.






Sujeito feliz.
Momento único da viagem.
As fotos são para eu não me esquecer os nomes.
Estação rodoviária de Santiago del Chile.
Saída para Viña del Mar e Oceano Pacífico nervoso.
Museu Francisco Fonck de arqueologia e etnografia chilena, Rappa Nui com direito a coreografia.
Quinta Vergara em Viña Del Mar.
Figuras diferentes.
Instrumentos ou uma cozinha ? A verdade é que o cara toca muito.
Arena\Concha acústica para espetáculos com 15.000 lugares, dentro da Quinta Vergara.
Nostalgia Vinhense.
Limpeza e respeito com o cidadão.
Este palácio é um restaurante e dos bons.

Valparaiso, bem diferente do que os folders mostram.
Casa Museo Pablo Neruda.

Valparaiso de cima a baixo.
Bondinho no morro, bem que o Brizola tentou.

Porto de Valparaiso, aberto ao público.
Bons equipamentos de moto em Santiago.
Estes caras fizeram um trabalho de primeira.


Panelas de barro iguais às Capixabas.
2º dia em Viña del Mar, muito sol e Pacífico lindíssimo.


Praia em Viña del Mar e castelo entre Viña del Mar e Valparaiso.


A maior piscina do mundo dentro de um condomínio particular, 1200 mt de comprimento.
Cartagena ? Me senti na Colombia ou Espanha.
Na Ruta 5, rumo a Chiloé.

Linares, nas barbas do vulcão.


Me senti na America do Norte, Los Angeles e Pan Americana.

Fui ver de perto o Vulcão Villarrica, não deu, estava completamente coberto e com chuvas.
O amigo me deu a maior força, mas o frio não me deixou dormir.



Na saída, as nuvens descobriram o Villarrica. Lindo.

Me senti um cowboy, porém com 38 cavalos.
Valdivia.
Porque estourou um elo da corrente da moto, parei nesta belíssima e aconchegante cidade de Frutillar.

O Sr. Jorge me cedeu ferramentas para a manutenção e uma boa conversa.



60 anos e rachando lenha, gostaria de ter esta disposição.
Sair de Frutillar pelo interior e extremamente lindo.
Enfim, ai termina a Ruta 5 no continente do Chile, continua por mais uns 180km na Ilha de Chiloé e termina de vez. Meu destino final a 20min de barco.
Veja a proxima matéria "Chiloé e Volta".
Boa viagem!